sexta-feira, 12 de março de 2010

Recolha e preservação de evidencias biológicas

    Do ponto de vista técnico e criminalista, o DNA pode ser recolhido da maioria dos espécimes biológicos, pois sendo uma molécula estável em ambiente seco e frio, se armazenado em tais condições, há uma grande probabilidade de se obter resultados confiáveis. O método de recolha específico dependerá do estado e condição da evidência biológica. Em geral, uma quantidade significativa de material deve ser recolhida para garantir a extracção de DNA suficiente para os testes, caso isso não se verifique ter-se-á de recorrer à técnica de PCR. Cada espécime biológico deve ser recolhido de acordo com as práticas forenses estabelecidas. Uma vez que as amostras foram recolhidas, estas devem ser imediatamente entregues ao laboratório forense e, para minimizar a deterioração das amostras, devem ser guardadas em ambiente frio e seco até que sejam submetidos aos testes.

    Os laboratórios de DNA forenses, são voltados para a elucidação de delitos e identificação de pessoas. A sua metodologia envolve as seguintes etapas:



a) Recolha dos materiais: a quantidade, exactidão e fiabilidade dos resultados dependem de procedimentos que devem ser rigorosamente adoptados desde o isolamento do local do delito e do levantamento das amostras biológicas a serem encaminhadas para o laboratório.

b) Extracção do DNA: Há uma extracção do DNA proveniente do núcleo das células. Porém, quando as amostras são escassas em material genético proveniente de células nucleadas, procede-se alternativamente à análise do DNA mitocondrial.

c) Quantificação do DNA: obtenção de parâmetros para balanceamento químico da etapa posterior.

d) Amplificação do DNA: através da PCR (Reacção de Polimerização em Cadeia) que proporciona filamentos replicados de DNA, úteis à investigação. Através desta amplificação das sequências da molécula torna-se possível a visualização dos vários polimorfismos do DNA. Os principais polimorfismos estudados são STRs (Repetições Curtas em Tandem) que são regiões de pequenas sequências repetitivas, de 3 a 7 pares de bases de comprimento, distribuídas em todo o genoma humano.

e) Análise Comparativa do DNA das Amostras.

f) Cálculos estatísticos: feitos através do princípio de Hardy-Weinberg.

g) Elaboração de Relatório: Se o DNA do suspeito não coincidir com a evidência, teremos uma “exclusão”; se a interpretação do perfil falhar por alguma razão, diz-se que o resultado é ”inconclusivo”; se coincidir com a amostra, observa-se uma ”inclusão”.

4 comentários:

Doar Vida disse...

Olá!
Parabéns pelos avanços que têm realizado em relação ao blogue. Está muito bonito!!!
As notícias são muito interessantes e esclarecedoras.
Continuem assim...
Vanda C.

Anónimo disse...

Parabéns pelo trabalho desenvolvido, está muito interessante.
Não sabia que haviam tantas ciências envolvidas na resolução de um crime.
Gostaria de saber (se me puderem ajudar) quais os cursos existentes em Portugal relacionados com ciência forense?

Crime Scene disse...

Olá !

Em Portugal, ainda não há muitos cursos relacionados com esta área...temos somente criminologia, medicina legal e existe também o curso de ciências forenses e criminais! pós graduação existem mestrados e doutoramentos em ciência forense...

agradecemos a sua colaboração e qualquer duvida disponha...

Doar Vida disse...

O peddy-paper foi espectacular!
Parabéns!!!
Continuem...
Vanda C.