quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Técnica inovadora na revelação de impressões digitais

   
   Investigadores da Universidade de Coimbra (UC) anunciaram o desenvolvimento de uma técnica inovadora para revelar impressões digitais, que pode ser "uma ferramenta eficaz para apoiar as ciências forenses e criminais".´

   Desenvolvida por uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), com a colaboração do Núcleo de Polícia Técnica da Directoria do Centro da Polícia Judiciária, a metodologia permite a detecção, revelação e conservação de impressões digitais em materiais metálicos, auxiliando a "desvendar os crimes mais complexos".
   Segundo uma nota divulgada pela FCTUC, a investigação acerca da revelação de impressões digitais através da deposição de filmes finos foi realizada no Centro de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra (CEMUC).
A técnica usa a pulverização catódica, neste caso para a revelação de impressões digitais latentes (invisíveis), produzindo, para tal, filmes finos de cobre e de ouro (com uma espessura de 20 a 30 nanómetros) e apresenta resultados muito promissores, concretamente na revelação de impressões digitais não recentes (não frescas) e na conservação das impressões reveladas que não se adulteram ao longo do tempo.
   Permite que as amostras reveladas possam funcionar como base de dados porque o revestimento de filmes finos serve de capa protectora, impedindo a deterioração das impressões e fixando possíveis vestígios para análises posteriores, isto é, prendendo partículas reveladoras (drogas, explosivos), que possam ter sido usadas pelo criminoso, permitindo traçar melhor o seu perfil.
   É um método completamente limpo, quer a nível ambiental quer para a saúde dos investigadores criminais, ao contrário das actuais técnicas utilizadas para detecção e revelação de impressões digitais, como por exemplo, o método dos pós.
   Com os resultados promissores obtidos, o CEMUC vai prosseguir com a investigação nesta área do conhecimento, estando já em marcha a criação de uma unidade de investigação especializada para apoio às ciências forenses e criminais.

   A expansão das nanotecnologias terá, num futuro próximo, um forte impacto nas ciências forenses, exigindo a procura de novos métodos de detecção e identificação de vestígios.

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